O exame da mama realizado no mamógrafo é conhecido como mamografia e considerado como o método mais eficiente para prevenção e diagnóstico do câncer de mama, pois a partir dele é possível detectar até mesmo os menores nódulos.
No Brasil, o câncer de mama é o segundo com maior incidência em mulheres, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a partir disso, vale o alerta da importância da prevenção e detecção o quanto mais cedo possível.
Isso se deve, pois o diagnóstico precoce do câncer de mama ainda em sua fase inicial aumenta consideravelmente as chances de cura, por esse motivo, cada vez tem se falado sobre com qual idade é indicado iniciar o exame de mamografia. Leia os tópicos a seguir para compreender melhor sobre a realização deste exame.
A mamografia é indicada a partir de qual idade?
A mamografia é o único exame que pode diminuir a mortalidade em decorrência do câncer de mama, por esse motivo, é recomendado que a mamografia seja realizada de forma preventiva a partir dos 40 anos anualmente, após os 69 anos é indicado que a periodicidade seja definida pelo médico que acompanhe a paciente, para que ele possa analisar todo o histórico de vida e determinar se o exame deverá ser realizado mais de uma vez ao ano.
É importante ressaltar que a presença de alterações em um exame da mama não significa, necessariamente, a presença de câncer, por isso, é sempre importante retornar ao médico após a realização do exame para que os resultados possam ser interpretados e caso necessário os cuidados e procedimentos sejam tomados.
Embora haja essa recomendação de idade mínima para início da realização de mamografia, já há estudos realizados alguns anos atrás que demonstram um aumento na incidência de câncer de mama antes dos 50 anos, o que pode futuramente alterar a idade mínima indicada para a realização da mamografia.
O histórico familiar deve ser considerado ao definir a periodicidade do exame?
Antes de afirmarmos se o histórico familiar é um fator determinante para a periodicidade da mamografia, é importante compreender qual o grau de parentesco com o familiar que teve câncer de mama.
Os riscos de hereditariedade do câncer são maiores quando diz respeito a familiares de primeiro grau e/ou segundo grau, como pais, filhos, irmãos, avós, tios e primos, salvos esses casos, os demais podem não ser tão preocupantes, mas caso se sinta mais segura, apresente seu histórico familiar a um médico, mas lembre-se sempre que há outros fatores de riscos, como o estilo de vida que também podem impactar no desenvolvimento ou não de câncer de mama.
Caso seu histórico familiar de câncer de mama seja de primeiro e/ou segundo grau pode sim impactar na definição da periodicidade da realização da mamografia. Neste caso, o primeiro passo é procurar orientação médica, pois independente de você ter algum sintoma ou não é necessário a prevenção e acompanhamento.
Qual a diferença entre mamografia e ultrassom da mama?
A mamografia conforme dito anteriormente é um exame realizado por meio da radiografia com o objetivo de detectar precocemente o câncer de mama. Para a realização da radiografia há a compressão da mama em um aparelho chamado mamógrafo, a partir dele são obtidas imagens de qualidade para que possam ser analisadas.
Já o ultrassom da mama é um exame realizado a partir de um transdutor que é encostado na mama. Esse método é utilizado principalmente em mulheres com menos de 40 anos de idade, a partir dele é possível identificar nódulos palpáveis. Esse método também é preferível em casos em que o objetivo é identificar abscessos ou coleções líquidas após a realização de cirurgias.
Importante ressaltar que caso o objetivo seja detectar microcalcificações deve ser realizada a mamografia, pois a ultrassom da mama não é adequada para esse tipo de avaliação.
Em quais situações o ultrassom de mamas é indicado?
Conheça a seguir algumas situações em que a realização do ultrassom da mama pode ser indicado:
- Pacientes que possuem histórico familiar de câncer de mama podem realizar o exame antes mesmo dos 40 anos.
- O ultrassom também é indicado para pacientes jovens que tenham detectado nódulos ao realizar o autoexame.
- Esse exame também pode ser um aliado no diagnóstico em casos de presença de alterações nos resultados da mamografia.
- Em casos em que será realizada alguma cirurgia que necessita de um pré-diagnóstico de saúde das mamas.
- Como gestantes devem evitar exames que têm como princípio a radiação, é indicado que em vez de realizar a mamografia façam ultrassom das mamas.
Importante ressaltar que não há contraindicações para a realização do ultrassom das mamas, com exceção dos casos em que a paciente possua algum problema de saúde, nessas situações um médico deverá ser consultado.
