Você já ouviu falar sobre vício em cirurgia plástica?
Esse tipo de procedimento é uma importante ferramenta estética, utilizada para auxiliar mulheres e homens a conquistarem o corpo que almejam.
É impossível negar que algumas pessoas, depois da primeira intervenção estética, acabam fazendo outras. É natural que, após uma cirurgia como a mamoplastia, a paciente queira perder algumas gordurinhas com uma lipoaspiração, ou passar por outro procedimento.
No entanto, há casos em que mesmo com o corpo consideravelmente “perfeito”, ainda existe o desejo de fazer outras intervenções cirúrgicas que podem prejudicar a aparência natural. Por isso, neste post vamos nos aprofundar um pouco mais sobre essa busca incessante por uma imagem impecável e a insatisfação com o próprio corpo.
Vício em cirurgia plástica e dismorfia: entenda
Geralmente, quem procura constantemente por procedimentos estéticos para mudar alguma parte do corpo não se sente satisfeito com a sua aparência. É como se a pessoa nunca chegasse àquela imagem considerada ideal para ela.
Quando esse desejo de mudança se torna excessivo, damos o nome de dismorfia, conhecido também como transtorno dismórfico corporal (TDC).
Esse tipo de distúrbio está muito mais ligado à mente do que ao corpo e pode se relacionar a diversos outros transtornos psicológicos e psiquiátricos, como a anorexia e a bulimia, por exemplo, nos quais o sujeito possui uma visão totalmente distorcida de si.
Na dismorfia, o paciente se depara frequentemente com detalhes que o desagradam. O problema é que, muitas vezes, esses detalhes são quase imperceptíveis ou nem existem da maneira como eles enxergam. E é aí que a procura pelas cirurgias estéticas aumentam, como se fossem a única solução.
Acontece que o bem-estar promovido pelas cirurgias, nesses casos, é momentâneo. De acordo com dados fornecidos por pesquisadores da USP, cerca de 14% das pessoas que já fizeram ou pretendem fazer esse tipo de procedimento, sofrem com o transtorno.
As razões para o desencadeamento do distúrbio podem ser diversas: a imposição de padrões de beleza pela sociedade, cobrança excessiva para atingir um estereótipo, o conceito de perfeição baseado em corpos magros, com seios durinhos e para cima, a idealização de um corpo de celebridade de tv, entre muitos outras.
Principais fatores que causam a dismorfobia
Não se sabe de onde vem a real causa do transtorno, porém, alguns fatores contribuem para que ele se acentue:
- Predisposição genética: algumas pessoas herdam disfunções em partes do sistema nervoso, havendo desequilíbrio dos neurotransmissores
- Padrão de beleza imposto pela sociedade: como já dissemos, a imposição de padrões de beleza é capaz de favorecer (e muito!) o aparecimento do TDC
- Busca pela perfeição: muitos pacientes acreditam que as cirurgias são o único e absoluto caminho para encontrar a perfeição (que nunca é atingida).
Como identificar o vício em cirurgia plástica?
Alguns comportamentos são capazes de identificar o vício pelas cirurgias plásticas.
- Comparação exacerbada com o corpo considerado ideal: a internet e a televisão são as principais fontes de “estereótipos ideais e aceitáveis” pela sociedade. Muitas vezes, o paciente toma como referência essas personalidades que são julgadas como perfeitas e começam a se comparar excessivamente, como se a aparência dos sonhos só fosse alcançada se ele ficasse igual a elas.
- Resultados artificiais: o ditado “tudo que é demais faz mal” é verdadeiro. Quando o paciente se submete a muitos procedimentos estéticos, o resultado que deveria ser harmônico e natural, passa a ficar superficial, criando uma imagem artificial.
- Insatisfação constante: ambos os fatores acima geram uma insatisfação sem fim.
O que fazer nessa situação?
A partir do momento em que esses pontos são percebidos, é hora de procurar ajuda de profissionais. Para isso, é importante:
- Fazer uma avaliação com o cirurgião plástico: normalmente, o próprio médico consegue identificar que a realização das cirurgias plásticas está se tornando um vício. Assim, ele irá conversar e orientar o paciente da melhor forma.
- Acompanhamento psicológico: o acompanhamento psicológico é essencial para que a pessoa entenda as motivações que a levaram a fazer tantos procedimentos e para que ela consiga remodelar a imagem que criou sobre si, compreendendo que o conceito de perfeição não existe e que cada um possui suas próprias particularidades.
- Aceitação e autoestima: a ajuda de um profissional da área da psicologia e psiquiatria também é fundamental para que o paciente se dedique ao processo de aceitação e recupere sua autoestima.
Reconheça o problema
O primeiro passo para lidar com o vício em cirurgia plástica é reconhecer que existe um problema. Muitas vezes, as pessoas podem não perceber que estão viciadas em procedimentos estéticos e podem continuar buscando cirurgias desnecessárias.
1. Procure ajuda profissional
Uma vez que o vício em cirurgia plástica seja reconhecido, é importante procurar ajuda profissional. Um psicólogo ou terapeuta especializado em vícios pode ajudar a entender as causas subjacentes do vício e desenvolver estratégias para lidar com ele.
2. Identifique gatilhos emocionais
Muitas vezes, o vício em cirurgia plástica está relacionado a questões emocionais, como baixa autoestima ou insatisfação com a aparência. Identificar os gatilhos emocionais que levam ao desejo de fazer cirurgias plásticas pode ajudar a desenvolver maneiras mais saudáveis de lidar com essas emoções.
3. Busque alternativas saudáveis
Em vez de recorrer à cirurgia plástica para lidar com problemas emocionais, busque alternativas saudáveis. Isso pode incluir terapia, exercícios físicos, meditação, hobbies ou atividades que tragam prazer e satisfação.
4. Estabeleça metas realistas
É importante estabelecer metas realistas em relação à aparência e aceitar que a perfeição não existe. Trabalhe para desenvolver uma imagem corporal positiva e aceitar as imperfeições como parte da individualidade.
5. Construa uma rede de apoio
Ter uma rede de apoio de amigos e familiares pode ser fundamental para lidar com o vício em cirurgia plástica. Eles podem oferecer suporte emocional, encorajamento e ajudar a manter o foco em alternativas saudáveis.
6. Aprenda a amar a si mesmo
O vício em cirurgia plástica muitas vezes está enraizado na falta de amor próprio e na busca constante pela aprovação dos outros. Aprenda a amar a si mesmo e a valorizar suas qualidades internas, em vez de se concentrar apenas na aparência física.
Lidar com o vício em cirurgia plástica pode ser um desafio, mas com o apoio adequado e a determinação para mudar, é possível superar esse vício e encontrar uma maior satisfação e aceitação pessoal.
Por fim, é necessário enfatizar que não estamos dizendo que as cirurgias plásticas podem trazer malefícios à vida da mulher. Nada disso! Os procedimentos estéticos são ótimos aliados na busca pela autoestima, bem-estar e confiança.
Entretanto, é preciso conversar com o cirurgião especialista, entender quais mudanças você realmente gostaria de fazer e qual procedimento é o mais adequado para o seu caso. Com as orientações certas e seguindo todas as recomendações, é possível ter um resultado muito satisfatório.
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