Saiba como orientar o paciente no uso correto de cicatrizantes
Após a realização de um procedimento cirúrgico ou sofrer um corte ou lesão, é comum que o paciente busque maneiras de minimizar a cicatriz na pele. Acontece que, muitas vezes, as pessoas procuram produtos cicatrizantes duvidosos ou recorrem a outras cirurgias para que a marca desapareça rapidamente
Nesses casos, o papel do médico é orientar como cuidar corretamente da pele no período de cicatrização, levando em conta o tamanho e região do ferimento ou corte para que não fiquem lesões.
São vários os motivos que podem tornar a cicatrização lenta. Além do tipo do ferimento ou cirurgia, o local lesionado, o uso de produtos inapropriados também podem surtir o resultado contrário.
Por isso, neste artigo trouxemos algumas dicas de como orientar o paciente no tratamento da pele e como utilizar os produtos corretos. Acompanhe a leitura!
Produtos cicatrizantes e cuidados com a pele: saiba mais
1. Reforce sobre o tempo de recuperação da pele
O maior aliado do processo de cicatrização é o tempo (que deve ser respeitado). Portanto, é preciso esclarecer ao recém operado a importância de respeitar o período de recuperação do seu corpo. Isso porque cada região possui uma fase diferente, algumas são mais rápidas, outras mais demoradas.
Em um corte na pele, a camada superficial leva de 07 a 10 dias para fechar, já a epiderme pode levar até 28 dias. A camada mais profunda, por sua vez, pode demorar cerca de seis meses. Essa variação se dá pela produção de colágeno diferente em cada camada da pele.
Alguns medicamentos ajudam a acelerar o fechamento da ferida, mas os cuidados com a movimentação no local ainda são fundamentais para que haja a recuperação completa, com o mínimo impacto sobre a pele.
2. Alerte o paciente sobre os problemas causados pela má cicatrização
Sabendo a importância de respeitar o tempo de cicatrização da pele, é necessário alertar o paciente sobre as consequências de usar produtos ou se submeter a procedimentos inadequados sem orientação médica;
Existem fatores que retardam a cicatrização, como a própria dimensão da lesão, infecção, necrose, falta de oxigenação e uma série de outros aspectos, tais como: fazer exercício físico pesado, ingerir bebida alcoólica ou fumar, aplicar pomadas ou líquidos não recomendados, não realizar a higienização correta na troca de curativo, não trocar o curativo no tempo indicado pelo médico, etc.
Além desses, que são causados diretamente pela ação do paciente, devemos ressaltar ainda que a cicatrização pode ser lenta por conta da idade da pessoa e do sistema imunológico, se for diabético ou possuir uma doença crônica, se estiver fazendo outro tratamento com efeito agressivo, como quimioterapia, entre outras possibilidades, que podem resultar em queloides e cicatrizes hipertróficas.
3. Recomende o uso de cicatrizantes nas etapas do curativo
Na sequência ao que acabamos de dizer, oriente o paciente sobre o uso dos produtos para o tratamento de cicatriz.
No geral, o curativo é feito em três etapas:
- Higienização da pele e da lesão, corte ou cirurgia com produtos recomendados pelo médico
- Aplicação de pomada ou líquido na ferida (também indicados pelo especialista)
- Cobertura da região com gaze e esparadrapo para que não haja contato com corpos estranhos que possam infeccionar e retardar a cicatrização.
Além disso, é essencial manter a pele hidratada para diminuir a ocorrência de prurido provocado no processo e recomendar medicações específicas em caso de coceira intensa, para que o paciente não coce a ferida.
Por fim, reforce sobre a necessidade de seguir uma rotina de troca de curativo para evitar problemas e sequelas na pele e, principalmente, deixe-o ciente sobre a naturalidade da cicatriz, demonstrando que ela faz parte..
Inclusive, a presença da cicatriz significa que o corpo conseguiu se restabelecer com sucesso da lesão que sofreu. Portanto, é completamente normal.
Como deu para perceber, cabe ao médico, antes de orientar sobre o uso de cicatrizantes, conscientizar o paciente para respeitar o tempo do seu próprio corpo e não se automedicar. Expor as consequências de negligenciar as recomendações médicas é essencial.
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