O corpo humano é simplesmente fantástico e os temas relacionados ao seu funcionamento ainda continua a impressionar o mundo da medicina até hoje. Quando se trata do sistema de defesa, sabe-se que o corpo está sempre preparado. Em um ferimento acidental ou em uma cirurgia — totalmente controlada — seus próprios mecanismos entram em ação para fazer a restauração, e é nesse momento que surge o seroma.
O seroma aparece após qualquer cirurgia, caracterizado por acúmulo de um líquido abaixo da pele, muito próximo à cicatriz cirúrgica. Isso ocorre devido ao manuseio da pele e do tecido gorduroso.
No artigo de hoje, a Servimedic Technology te explica melhor o que é o seroma, quais os tratamentos e como prevenir. Confira no texto logo abaixo.
O que é seroma?
O seroma é uma complicação pós-cirúrgica e consiste no excesso de líquido próximo da cicatriz cirúrgica, o que pode ocasionar inflamação. É comum que apareça dias depois da cirurgia e que, ainda, leve algumas semanas para desaparecer completamente.
Por isso, deve ser tratado, senão pode ocorrer o endurecimento deste líquido caso não seja removido. O que pode ocasionar o chamado 'seroma encapsulado'. Mas o que é exatamente? Abaixo você pode conferir com mais detalhes.
O que é seroma encapsulado?
O seroma encapsulado é o resultado do não tratamento. Em todas as fases iniciais do pós-operatório, é líquido, e por isso precisa ser removido por meio de punção aspirativa. Mas podem acontecer casos de não serem tratados corretamente, levando assim a outro estágio, que seria a formação de uma cápsula fibrosa ao redor, o que podemos denominar de Pseudobursa.
A cápsula pode sofrer alguns tipos de contração, formando saliências e alterações no tecido sob a cicatriz. Existem casos de evolução desse processo, sendo necessária uma intervenção cirúrgica corretiva.
Agora que explicamos o que é o seroma e como ele pode evoluir para um encapsulamento, vem a pergunta: como realmente surge? Continue a leitura!
Como o seroma surge?
O seroma aparece como uma reação inflamatória causada pelo próprio sistema imunológico. Ele surge nas primeiras semanas de pós-operatório. No caso do encapsulado, pode surgir em meses, já que é uma consequência do não tratamento.
É comum que surja após a realização de cirurgias plásticas que envolvem um deslocamento maior de tecidos. Por exemplo:
Cirurgias de inclusão de próteses;
Cirurgias reparadoras;
Expansores cutâneos;
E outras.
Muitos pacientes podem achar que, de maneira geral, é perigoso. Mas não se preocupe, pois ele não é. Continuando nosso artigo, vamos explicar melhor o porquê o seroma não é perigoso.
O seroma é perigoso?
O seroma não é perigoso, pois é uma reação do corpo e é um efeito colateral esperado, muito comum na maioria das cirurgias. Caso não seja tratado da forma correta, pode acontecer de haver um encapsulamento ou então uma infecção.
Mas atenção, se o líquido estiver saindo do seu ferimento e tiver as seguintes características como: aparência purulenta e gelatinosa, cor amarelo forte e odor, tenha cuidado, pois estas são algumas características encontradas no pus e indica uma infecção na região da cicatriz.
Caso isso aconteça, consulte um médico para tratamento o quanto antes.
Mas, quais seriam exatamente os tratamentos para seroma? A Servimedic Technology te mostra alguns dos tratamentos que são feitos para essa reação.
Quais são os tratamentos para o seroma?
Assim que o seroma surgir, é preciso fazer o tratamento para que não evolua. O acompanhamento médico é essencial e alguns procedimentos são necessários, sendo alguns deles:
1. Drenagem linfática
A drenagem linfática faz uso de um conjunto de manobras para garantir estímulo no organismo, fazendo com que o líquido seja eliminado. A drenagem é muito mais do que isso: reduz o inchaço, previne fibromas no pós-operatório e é uma grande aliada para evitar o seroma.
2. Uso de cinta modeladora
Também conhecidas como cintas pós-cirúrgicas, são essenciais para as pessoas que fizeram procedimentos cirúrgicos com fins estéticos. As cintas modeladoras auxiliam na prevenção do seroma, já que elas comprimem o tecido, e assim, não deixam espaço para o acúmulo do líquido embaixo da pele.
Muito mais do que isso, as cintas modeladoras conseguem manter a região que foi operada estabilizada e os tecidos que necessitam colar novamente em contato um com o outro. Sendo assim, o processo de cicatrização é acelerado.
3. Drenos pós-cirúrgicos
É comum que o médico coloque drenos no corpo do paciente para evitar que haja acúmulo de líquido. Depois de alguns dias, os drenos são removidos. Isso acontece quando o médico percebe que a liberação de líquido já é pequena o suficiente para gerar futuras complicações, e assim, pode retirar em sua totalidade.
Como prevenir o seroma?
A boa notícia é que existem algumas prevenções para o seroma. Abaixo, você poderá ver algumas dessas ações, que são:
Utilize curativos compressivos e cintas modeladoras. O curativo é um objeto de extrema importância. É feito especialmente para promover a aderência e a cicatrização tecidual.
Drenos de aspiração contínua caso tenha algum tipo de secreção;
Paciente e médico devem estar atentos que existe a possibilidade de disfunção nas cirurgias com grandes descolamentos de tecido;
O médico precisa evitar os espaços mortos no fechamento do tecido celular subcutâneo;
Fazer uma boa investigação clínica, por meio de exames pré-operatórios.
Por isso, fique tranquilo, pois há tratamento e prevenção. O seroma é uma reação natural do nosso corpo em procedimentos pós-cirúrgicos. Sempre fique atento com a sua cicatrização e quaisquer outras alterações na região da cirurgia. Lembre-se: quanto mais rápido o diagnóstico, mais fácil será o tratamento.
Se você sente que está por este processo, procure seu médico e, assim, ele poderá dar maiores direcionamentos quanto ao seu caso.
A Servimedic Technology espera ter ajudado mais em relação ao assunto do seroma. Continue sua visita no nosso blog e não se esqueça de seguir nossas redes sociais! Nos vemos no próximo post!