Obesidade e sedentarismo: qual a relação com o câncer de mama?

Estudos recentes têm apresentado relação entre o desenvolvimento de câncer e hábitos saudáveis, isto é, nosso estilo de vida pode inibir ou desencadear a doença.

Sabemos que existem fatores que influenciam o câncer e que fogem ao nosso controle, como os genes recebidos de forma hereditária. No entanto, adotar hábitos mais saudáveis depende de nós mesmos e pode contribuir para longevidade e maior qualidade de vida.

Neste artigo, inicialmente falaremos da importância de medidas preventivas contra o câncer, para na sequência explicarmos mais a fundo a relação entre o sedentarismo e o câncer de mama. Continue lendo e confira o conteúdo na íntegra.

Qual a importância das medidas preventivas contra o câncer?

O principal objetivo das medidas preventivas contra o câncer é impedir que ele se desenvolva, incluindo os fatores que aumentam o risco do surgimento da doença. Em um segundo cenário, as medidas preventivas são essenciais para detecção precoce da doença, aumentando as chances de cura.

Portanto, as medidas preventivas são importantes por integrarem um conjunto de práticas que visam propiciar maior longevidade e qualidade de vida aos seres humanos.


Na sequência, confira o tópico que vai explorar um pouco mais sobre a relação do sedentarismo com o câncer de mama.

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A relação entre sedentarismo e o câncer de mama

Recentemente, foi publicado um estudo na Revista Científica Nature, conceituada no meio acadêmico por ser responsável por veicular pesquisas de qualidade. A pesquisa aborda a relação entre o sedentarismo e o câncer de mama.

Os pesquisadores fizeram um levantamento das mulheres que tiveram câncer de mama entre 1990 e 2015, ao término dessa etapa, os pesquisadores compararam os dados com os índices de sedentarismo no Brasil, a partir disso, puderam determinar a probabilidade de uma mulher que não pratica exercícios ter câncer de mama.

Como resultado, os pesquisadores puderam afirmar que o sedentarismo foi responsável por pelo menos 12% das mortes em decorrência do câncer de mama no período analisado. Outros fatores, como abuso de álcool, sobrepeso e excesso de consumo de açúcar também contribuíram para essa taxa de mortalidade, a ausência de prática de exercícios foi a que mais se destacou.

A seguir, entenda um pouco mais sobre como a prática de exercícios impacta na prevenção do câncer de mama.

Como os exercícios previnem o câncer de mama?

A realização de exercícios físicos atua de forma preventiva contra o câncer de mama de diferentes formas, confira a seguir:

Redução da gordura corporal

A prática regular de exercícios físicos aliada a uma alimentação saudável podem promover a redução da gordura corporal, esse fator é positivo, pois a gordura corporal ou tecido adiposo não acumula somente células de gordura, pois diversos outros tipos de células também se acumulam onde há gordura, como adipócitos, pré-adipócitos, macrófagos, fibroblastos e células endoteliais.

Esse acúmulo de células na gordura impacta na produção de hormônios, dentre eles o estrogênio, o qual quando produzido excessivamente, em especial na menopausa, pode provocar o surgimento de tumores.

Melhora no sistema imunológico

Além de diminuir as chances de desenvolvimento de câncer de mama, a atividade física também possibilita ao corpo uma melhora no sistema imunológico, preparando o corpo para combater essa e outras doenças caso seja necessário.

Controle dos níveis de insulina

Novamente citando o estudo publicado na Nature, anteriormente mencionado, o exercício físico também reduz as chances de desenvolvimento de câncer, uma vez que reduz os níveis de insulina no corpo e resistência à insulina, o que evita a hiperinsulinemia.

A hiperinsulinemia pode estar relacionada ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer, em específico, câncer de cólon, pâncreas, mamas e endométrio.

Redução do quadro inflamatório

Outro benefício da prática recorrente de exercícios é o de inibir processo inflamatório crônico e que, na maioria dos casos, está relacionado ao tecido adiposo.

Quando o corpo desenvolve o processo inflamatório ocorre a produção de moléculas pró-inflamatórias no tecido adiposo, a partir disso, a possibilidade de ocorrer uma multiplicação celular de forma desordenada aumenta.

O sedentarismo diminui as chances de cura?

Embora esse seja um questionamento que exista, não há evidências científicas que comprovem tal relação. Porém, a partir do estudo publicado na Revista Brasileira de Medicina do Esporte, é possível afirmar que pessoas que desempenham atividades laborais que exigem menos movimentação, tiveram maior incidência de morte por câncer.

Além desse fator, pessoas sedentárias têm maiores chances de desenvolver doenças cardiovasculares, metabólicas e diabéticas. Além do fato de que um organismo comprometido por disfunções ou outras doenças crônicas estará com o sistema imunológico comprometido e menos preparado para enfrentar o câncer.

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