Mamoplastia Redutora pelo SUS

Segundo a pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), o Brasil está entre os campeões em números de cirurgias plásticas e procedimentos estéticos não-cirúrgicos. Os dados comprovam a crescente preocupação estética, com a imagem perfeita, com elevar a autoestima e também com o bem-estar do paciente. Além disso, a Mamoplastia Redutora pelo SUS é considerada uma cirurgia plástica corretiva e não apenas uma intervenção estética. 

Isso porque a cirurgia plástica muitas vezes pode ser vista como área superficial dentro da medicina tradicional, mas apesar do lado estético, ela tem o poder de transformação na vida de pacientes que oferece com condições que interferem na qualidade de vida, e o SUS (Sistema único de Saúde) entende que a importância de oferecer o procedimento operatório gratuito.

Muitas mulheres acompanham com excesso de mama e o tamanho muito avantajado dos seios, pode levar a dores nos ombros, assaduras e marcas ao redor das mamas pelo uso de sutiãs e em casos mais graves, causando danos à coluna. Como solução, médicos recomendam mamoplastia redutora para diminuir o tamanho dos seios, trazendo benefícios para a saúde do paciente e determinando em um contorno corporal mais proporcional. 

Mulheres que passam por tratamento de câncer de mama também podem realizar uma mamoplastia de redução. Primeiro, é preciso saber se a cirurgia se encaixa no tratamento de retirada do tumor, sendo uma opção viável. Para esse paciente solicitado a mamoplastia redutora pelo SUS necessariamente de todos os laudos médicos. Além da cirurgia, o SUS também poderá oferecer o acompanhamento necessário.

Quer entender mais sobre esse assunto? Siga a leitura!

O que é mamoplastia redutora ou mastopexia?

Embora os nomes sejam parecidos, os procedimentos são diferentes. 

Mamoplastia redutora

A mamoplastia redutora tem como objetivo reduzir o tamanho das mamas, como o próprio nome diz. A cirurgia é realizada retirando o excesso de gordura, pele e tecido mamário dos seios. Após essa etapa, é feito um remodelamento da mama, reposicionando uma aréola e modelando em formato natural.

O volume dos seios a reduzir é definido com base na dimensão do tórax, hipertrofia mamária e também considerando a vontade do paciente. Dessa forma, o corpo ganha um formato mais proporcional e a autoestima da paciente é elevada. O tamanho das cicatrizes também pode variar.

Em caso de câncer de mama, uma cirurgia de mamoplastia redutora é feita retirando-se também do tumor. Em algumas hipóteses pode ser necessária a retirada completa da mama.

Mastopexia

A mastopexia, por sua vez, consiste no procedimento para a elevação das mamas, revertendo o caimento natural. Na cirurgia, a auréola é reposicionada, o excesso de pele é retirado e a mama é levantada até a posição original com base na simetria. 

Na mastopexia clássica, o tamanho dos seios não é alterado, podendo ser feito implante de próteses de silicone quando tratada. Portanto, uma mastopexia pode ser complemento da mamoplastia redutora, quando um paciente possui seios muito volumosos e caídos, ou para casos em que um paciente fez a retirada de um tumor.

Como fazer uma mamoplastia redutora pelo SUS gratuitamente?

Pelo SUS, uma mamoplastia redutora é considerada uma cirurgia plástica corretiva e só é oferecida de forma gratuita, quando comprovado que o tamanho dos seios está proporcionando riscos de saúde para um paciente, como sérios problemas de coluna, hérnia e impactos na qualidade de vida.

É necessária uma avaliação, depois de um paciente será encaminhada para médicos clínicos e acompanhamento psicológico para comprovar estar apta a fazer a cirurgia. Se comprovado, um paciente vai para uma lista de espera. Em casos de cidades que não possuem infraestrutura para realizar uma cirurgia, um paciente é encaminhada para outra cidade. 

Uma fila de espera, infelizmente, é bastante grande e o tempo até conseguir uma cirurgia pode ser longo. Há casos de mulheres que aguardam na fila por mais de seis anos, sem conseguir realizar o procedimento - e partindo para outras soluções, como a cirurgia particular.

Quem tem direito a mamoplastia redutora pelo SUS?

Mamoplastia Redutora pelo SUS

Toda pessoa tem o direito de solicitar a mamoplastia redutora pelo SUS, desde que o encaminhamento tenha sido feito por um médico também da rede pública, como postos de saúde. Em alguns casos, dependendo do processo de solicitação da região, a paciente recebe a visita de um assistente social para comprovar que uma pessoa não tem condições de pagar pela cirurgia. 

A solicitação deve acompanhar um guia, que consiste em um argumento médico, como o excesso de peso das mães, que reflete em dores e outros problemas da coluna, ou em casos em que um paciente está tratando câncer de mama. 

Alguns requisitos são considerados na hora do médico fazer a solicitação:

  • Não ser fumante;
  • Ser maior de 18 anos;
  • Apresentando dores na coluna ou outros problemas que impactam o bem-estar ou a levar uma vida normal;
  • Estar fisicamente saudável e com o peso estável.

Como solicitar a mamoplastia redutora pelo SUS?

Para solicitar a mamoplastia redutora pelo SUS, você deve, primeiro, passar em uma consulta em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) próxima à sua casa. O médico irá analisar seu caso e lhe examinar, averiguando se você se encaixa nos requisitos.

O especialista pode solicitar exames adicionais, buscando entender o impacto dos seios grandes na sua vida e também analisar sua saúde. É possível também que este médico lhe encaminhe para outros profissionais, como ortopedistas, para entender os danos à sua coluna, ou psicólogos, para comprovar os danos psicológicos causados ​​pelo problema.

Caso a necessidade da cirurgia seja constatada, você será encaminhada para a cirurgia. Neste momento, seu nome entrará para uma fila de espera, que depende de acordo com a demanda de cada região.

Um levantamento realizado no Mato Grosso informado que o tempo médio de espera para atendimento no SUS no estado é de 1 ano e 4 meses. Porém, para cirurgias plásticas, esse tempo pode ser bem maior, como o  caso da paciente que aguarda há 6 anos pela mamoplastia redutora.

Além do tempo de espera na fila, é preciso lembrar, que você terá que fazer uma série de exames pré-operatórios, que comprovem que está apta para a cirurgia, e também que demonstre a necessidade de procedimento. Todos esses exames e consultas com diferentes profissionais têm um tempo de espera.

Somente em casos de emergência, esse tempo pode ser menor, já que um paciente é incluído como priorária à lista.

Caso a sua cidade não tenha um hospital que ofereça esse procedimento, você poderá ser redirecionada para outros municípios. Normalmente, a mamoplastia redutora pelo SUS é realizada em hospitais-escolas, hospitais públicos ou hospitais universitários.

Quais as opções para quem não quer esperar pela cirurgia do SUS?

Se você não se enquadra nos pré-requisitos ou não deseja aguardar ou tempo de espera para fazer uma mamoplastia redutora pelo SUS, existem algumas alternativas, como via plano de saúde ou particular.

Plano de saúde

No caso do plano de saúde, a burocracia é praticamente a mesma do SUS, já que a cirurgia só será liberada caso ela não seja considerada estética. Então, você terá que passar por vários médicos até ter a gigantomastia ou dos problemas decorrentes das mamas grandes.

Se você apresentar problemas como: dores nas costas, ombro e pescoço devido ao excesso de peso das mães, irritação na pele devido ao caimento dos seios (muito comum em pacientes pós-bariátrica) ou depressão nos ombros devido ao uso do sutiã, pode pleitear a cirurgia, que está na lista de cobertura da ANS, para os casos não estéticos.

Infelizmente, muitas vezes, os planos acabam negando essa cirurgia, por não considerá-la reparadora, mas, sim, estética. Por isso, é importante ter um relatório médico detalhado e a indicação expressa e justificada da cirurgia. Nesse caso, é possível o recurso de um advogado especializado para avaliar se a negativa é indevida.

Além da mamoplastia redutora, o plano também deve cobrir os exames pré-operatórios, a internação e os honorários do cirurgião plástico.

Se você tiver alguma doença pré-existente, o período de carência para a realização da mamoplastia redutora é de 180 dias. Caso o seja procedimento considerado de emergência, esse prazo é de apenas 24 horas.

Especial

Já deu para notar que uma mamoplastia redutora pelo SUS é um processo lento, burocrático e demorado, não é? Da mesma forma acontece nos planos de saúde.

Por isso, muitas mulheres acabam partindo para uma cirurgia particular. Além de ser mais rápida e não exigir nenhum tipo de comprovação em termos de necessidade médica, você ainda terá a liberdade de ativar pelo cirurgião que desejar e também pelo hospital.

O valor de uma mamoplastia redutora particular depende de vários pontos, como: os honorários do cirurgião, os custos do centro cirúrgico, o tempo que a cirurgia irá durar e se você fará outras cirurgias junto (por exemplo, mamoplastia redutora e mastopexia). Em geral, os preços variam entre R $ 10 a até R $ 30 mil - dependendo da complexidade do caso, da cidade e da equipe médica.

 

 

10 cuidados após a mamoplastia redutora pelo SUS

A mamoplastia redutora, assim como qualquer procedimento cirúrgico, precisa de cuidados específicos no pós-operatório. É comum que a sintaxe do paciente um pouco de dor durante a recuperação e para ajudar no processo, é recomendado as seguintes cuidados:

  • Sutiãs pós-operatório : é indicado usar modelos sem costura, com tecido que absorva bem o suor e que forneça boa sustentação. O médico cirurgião pode recomendar para paciente os melhores modelos, de acordo com suas características físicas. O sutiã deve ser usado durante 24h nos primeiros 30 dias e ajuda a dar sustentação durante todo o período de recuperação. O médico pode indicar o uso por até 2 ou 3 meses.
  • Posição para dormir: deve-se evitar deitar de bruços ou de lado no primeiro mês após a cirurgia. Essas posições forçam a mama e podem prejudicar a cicatrização e romper a sutura causando sangramentos, além de interferir no formato de pacientes que colocaram próteses de silicone ou realizaram uma mastopexia.
  • Evitar exposição ao sol: pelo período de três meses, não deve-se exportar uma área operada ao sol e, de preferência, também deve-se evitar ir à praia ou à piscina nesse período.
  • Acompanhamento médico: ir às consultas de retorno com o médico é essencial para que o profissional acompanhe a recuperação, evitando complicações e garantindo boa cicatrização e bom resultado estético ao final de todo o tratamento.
  • Repouso total nas primeiras 24h: as primeiras horas são de maior desconforto e dor para um paciente. Repouso total é importante para que não haja nenhuma complicação durante o pós-cirúrgico. Depois das 24 horas, o paciente deve evitar fazer movimentos de forma brusca até a remoção dos pontos.
  • Não levantar os braços: um paciente não deve levantar os braços nos primeiros 15 dias de cirurgia. Por isso, pode ser necessário contar com ajuda para as tarefas triviais e domésticas nesse período. O médico pode permitir uma movimentação pequena após esse período. Em muitos casos, não é indicado peso nos primeiros 30 dias. Os exercícios físicos podem ser feitos apenas após 1 mês de cirurgia.
  • Drenagem linfática pós-operatória para mamoplastia: a drenagem linfática atua como um tratamento pós-operatório, ajudando a reduzir os edemas (inchaços na pele) e o tempo de recuperação.
  • Lâmina em gel adesiva para cicatriz anti queloide: a cicatriz da mamoplastia redutora pode ser grande e, para evitar problemas, é importante usar uma lâmina em gel a base de óleos que impede que a cicatriz tenha queloide ou fique hipertrófica, garantindo um resultado mais bonito e estético.
  • Lâmina de cicatriz areolar em gel adesiva pós mamoplastia: a mamoplastia, muitas vezes, faz o reposicionamento e a adequação do tamanho da aréola, com incisão nessa área. Para tratar essa cicatriz, a lâmina é importante, evitando queloides e outras complicações.
  • Faixa de compressão para pós mamoplastia revestida de gel ajustável: muitos cirurgiões, além do sutiã, solicitam o uso da faixa de compressão, ajudando na acomodação adequada da pele e evitando o surgimento de seromas e outras complicações.

Seguir os cuidados corretos, garantir não só a boa recuperação, mas evita problemas como inflamações, rompimento da sutura e oferece um melhor resultado estético. Existem outros tratamentos que são referências para cicatrização pós-cirúrgica para complementar nos cuidados pós-operatórios da mamoplastia

Outras cirurgias gratuitas pelo SUS

O Sistema Único de Saúde oferece uma gama de tratamentos e cirurgias para qualquer pessoa que apresenta uma condição que riscos à saúde, traumas psicológicos ou para quem está passando por algum tratamento, como é o caso de pacientes com câncer de mama.

As cirurgias pelo SUS também são médicas aos pacientes que não possuem condições financeiras para arcar com as despesas de um hospital em particular, ou não possuem convênio médico. Como citamos acima, pode ser que durante os exames clínicos e aprovação do paciente para uma fila de espera, a assistência social faça visitas para certificar que ele realmente se encaixe nas condições exigidas. 

Listamos algumas cirurgias gratuitamente:

  • Lábio leporino: problemas genéticos para a reconstrução de deformações na região da boca e nariz.
  • Otoplastia: cirurgia de correção do formato das orelhas, realizada em casos que traumas gerais psicológicos no paciente. 
  • Gigantomastia: outra cirurgia redutora de volume das mamas, é realizada quando o tamanho dos seios ultrapassam volumes convencionais.
  • Ginecomastia: cirurgia para pacientes homens que possuem hipertrofia das mães, com tamanho para o parâmetro convencional.
  • Reconstrução das mamas e implante de silicone: para pacientes que precisam retirar totalmente a mama durante o tratamento contra câncer. 
  • Abdominoplastia: essa cirurgia consiste em remover excesso de pele na região do abdômen, costas e coxas, sendo necessária após a gastroplastia, quando o paciente perde uma quantidade reduz peso.
  • Cirurgia plástica reparadora para lipodistrofia (em pacientes portadores de HIV): pacientes que possuem o vírus HIV podem passar por redução e acúmulo de gordura em níveis anormais. Por isso, podem recorrer gratuitamente à cirurgia plástica reparadora.
  • Cirurgias para tratamento de pele: pacientes que queimaduras sepulturas podem precisar de procedimento cirúrgico de recuperação.
  • Rinoplastia: de caráter reparador, é realizada pelo SUS em casos de traumas, deformidades e desvio de septo que causa dificuldade de respiração. 
  • Cirurgia bariátrica ou gastroplastia: pacientes que apresentam obesidade mórbida podem solicitar a cirurgia bariátrica no SUS, já que uma condição pode trazer riscos à saúde. A solicitação requer um laudo médico e exames cirúrgicos. 
  • Cirurgia de redesignação sexual: pessoas transgêneros, ou seja, que não se identificam com o gênero biológico que nasceram, podem fazer a requisição da cirurgia gratuitamente no SUS.
  • Cirurgias para reparo de casos (em casos de violência doméstica): o SUS oferece apoio para mulheres que sofreram agressões dos seus parceiros com cirurgias reconstrutivas e reparadoras. 
  • Laqueadura e vasectomia: uma forma de contracepção definitiva, feita na mulher através de um corte nas trompas, enquanto no homem, a vasectomia é feita com rompimento dos canais deferentes que transportam os espermatozoides. 
  • Catarata: pacientes que apresentam a doença que deixa os olhos com aspecto opaco e prejudica a visão. Os pacientes podem solicitar como forma de tratamento e prevenção da perda total da visão. 
  • Fenda Palatina: essa condição consiste nas pálpebras enrugadas e caídas nas partes superiores e inferiores dos olhos. Em alguns casos, o paciente pode apresentar dificuldade na visão.

Diversas outras cirurgias são oferecidas gratuitamente através do Sistema Único de Saúde. O procedimento quase sempre segue sendo o mesmo: primeiro o paciente precisa se consultar com um médico na Unidade Básica de Saúde e pedir o encaminhamento para a cirurgia, passando por uma avaliação clínica em seguida.

A avaliação clínica e psicológica, assim como todo o acompanhamento médico é essencial, servindo de apoio ao paciente durante todo o processo pré-operatório, como na recuperação.

A mamoplastia de redução pelo SUS geralmente é realizada juntamente com o implante de silicone. A cirurgia para aumentar o tamanho dos seios é chamada de mamoplastia de aumento . Para aquelas mulheres que buscam por implantes de silicone após as cirurgias de redução ou elevação, responda ao quiz "Qual silicone ideal para você?" para te ajudar na escolha!