Mamoplastia redutora: tudo sobre para quem tem seios grandes

A mamoplastia redutora é uma cirurgia bastante buscada em função de diversos fatores, como: incômodo estético, problemas físicos como desvio de coluna, dores, entre outras consequências que derivam do peso da mama.

Ao apresentar por esse procedimento, é importante entender como ele é realizado, quais resultados ele promete e ainda como é o seu preparo e o seu pós-cirúrgico. Em função disso, criamos este artigo que vai sanar várias dúvidas acerca do procedimento.

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O que é mamoplastia redutora

A cirurgia da mama é um dos procedimentos mais realizados no mundo. O Brasil é líder em cirurgias de aumento da mama , por exemplo. Mas, além da mamoplastia de aumento, existe também a mamoplastia redutora e ainda a correção de ptose. 

Os três tipos de cirurgia mamária visam melhorar a relação da mulher com seus seios, por questões estéticas ou de saúde.

Assim, se os seios grandes causam algum desconforto e dores , a redução das mamas pode ser uma solução.

A própria pele extra também é retirada, uma vez que foi esticada com o crescimento excessivo da mama e que naturalmente vai sobrar com uma diminuição do tamanho do seio. Na cirurgia de redução de mamas, também é realizado o remodelamento, com o objetivo de alcançar um tamanho que seja mais confortável e simétrico.

O volume a ser retirado considera o tamanho da mama, o desejo da paciente e a dimensão do tórax. Isso também vai deslocar no formato da cicatriz, sobre a qual trataremos adiante.

Como todo procedimento cirúrgico, a necessidade da mamoplastia redutora deve ser analisada pelo médico junto com a pessoa interessada.

Quando é indicado fazer mamoplastia redutora?

A hipertrofia mamária acomete homens e mulheres. No caso dos homens é chamado de ginecomastia . Já nas mulheres, o volume excessivo da mama é chamado de gigantomastia e o único tratamento é a cirurgia , posto que não existe medicação ou outro procedimento que ajude a reduzir.

Os principais sintomas que podem fazer uma pessoa a realizar a mamoplastia redutora são o incômodo estético, problemas físicos como desvio de coluna e dores.

No caso das mulheres, uma formação dos seios é uma preocupação desde a fase da puberdade, quando estes devem se desenvolver, ganhando a forma e o volume . Ocorre em um período no qual a menina está lidando com uma série de mudanças físicas e comportamentais. 

Assim, o crescimento desproporcional dos seios pode ser um gatilho para outros problemas físicos ou psicossociais e, por isso, devem ser observados pela família. 

Idade permitida

Como a hipertrofia mamária se manifesta no período de formação e desenvolvimento das mamas, chamado telarca, a mamoplastia redutora pode ser realizada, com no mínimo, dois anos após a primeira menstruação, período em que o desenvolvimento corporal, geralmente, está completo, conforme a endocrinopediatra Margareth Boguszewski .

Quanto à idade limite não há referência ou limitações. Compete ao médico avaliar as condições de saúde do paciente para determinar se a cirurgia deve ser realizada ou não

No entanto, como já citado, quanto mais cedo para realizado, melhor para que um paciente não desenvolva problemas de desvio de coluna de caráter irreversível.

Causas e consequências da hipertrofia mamária

As causas da hipertrofia mamária são diversas, desde obesidade a distúrbios glandulares e hormonais, bem como hereditariedade. Gravidez e diabetes também aparecem na lista de possíveis causas. Esses fatores podem desencadear uma hipertrofia em estágios diferentes :

  • leve (até 500g);
  • moderada (501 a 800g);
  • grave (801 a 1000g);
  • gigantomastia (acima de 1000g).

Cada modalidade acompanhada um grau de sintomas que se baseiam no peso da mama. Os sintomas mais comuns são dores  nas costas ou coluna, nesse caso, o volume excessivo altera o centro de gravidade do paciente, aumentado como curvaturas da coluna cervical e tensionando a musculatura dessa região.

Além da dor na coluna, outros sintomas podem aparecer. Assim, a redução de mamas deve ser buscada, quando há o desconforto estético e, principalmente, se esse incômodo vem acompanhado de:

 

  • Limitação das atividades físicas: quando o peso das mães não permite que uma mulher execute atividades como corrida em função da dor que a mama causa com o movimento do corpo;
  • Dificuldade em realizar atividades em pé: além como atividades físicas, qualquer atividade que seja em pé e gere muita dificuldade, pois o corpo manifesta dor nas costas e nos ombros pelo peso das mamas;
  • Dificuldade de respirar: o peso dos seios sobre o pulmão podem pressioná-lo e a pessoa fará muito mais esforço para inspirar o ar;
  • Aparecimento de dor no pescoço e ombros: dores constantes pelo esforço de sustentar os seios e o sutiã que os seguram;
  • Surgimento de sulcos nos ombros: provocados pelo afundamento do sutiã, de alça larga, para sustentar as mamas;
  • Desenvolvimento de mamas flácidas e pendentes: ocorrem pelo grande volume que a pele não consegue manter firme e por isso fica com o aspecto de caído;
  • Deformação das aréolas: o volume grande da mama também pode aumentar o tamanho da aréola, deixando-as alargadas e até assimétricas.
  • Mamas assimétricas: nem sempre as mamas volumosas têm iguais. Essa assimetria também pode causar desconforto e dor.

Há ainda o fato de que quanto maior para o volume da mama, mais difícil é para um paciente detectar qualquer afecção por meio do autoexame. 

Em qualquer caso, é recomendado buscar um médico para fazer avaliação e orientar sobre a forma como o procedimento pode ser desencadeado para sanar tal problema.

Como é feita a cirurgia de redução de mama

O procedimento cirúrgico para redução de mamas passa por etapas desde o pré ao pós-operatório. No pré-operatório, o paciente vai realizar exames de rotina que antecipam a cirurgia. São os chamados exames de riscos cirúrgicos, como exames de sangue, cardiovasculares, entre outros, para indicar se um paciente tem condições ou não fazer o procedimento determinado momento.

A cirurgia em si, ocorre em três etapas, após a anestesia: incisão, remoção e remodelamento

Uma anestesia em mamoplastia redutora

Procedimento que garante conforto durante a cirurgia. São administrados medicamentos com função sedativa e anestésica para que um paciente não sinta dor durante o processo.

Incisão

A incisão consiste no corte que será feito na mama para retirar o material em excesso. As incisões são definidas entre o médico e o paciente, no pré-operatório, de acordo com o desejo da mulher e o tamanho da mama.

Esse “planejamento” das incisões tem como objetivo adotar o melhor alternativa para um paciente e que gere cicatrizes menos procurados.

Assim, as incisões podem ser feitas de três formas: circular, em torno da aréola, em formato de T e em formato de raquete - circular e com uma linha vertical para baixo.

Remoção

Esta etapa consiste na remoção do material (gordura, tecido glandular e pele) fornecido também junto ao cirurgião, no momento pré-operatório, avaliando especificidades anatômicas da paciente, a composição da mama, a quantidade que se deseja retirar, além das preferências e expectativas da paciente com cirurgia.

Remodelamento na mamoplastia redutora

Nesta etapa, por sua vez, é realizado o reposicionamento da mama , redução da aréola e modelamento do seio para um formato menor e mais firme, de acordo com o que um paciente deseja. 

Tempo de cirurgia da mamoplastia redutora

Como pudemos notar, os procedimentos são muito específicos para cada caso. Assim, o tempo da cirurgia pode variar entre duas e quatro horas , sem considerar o período de preparação e o pós-operatório, quando o paciente ainda fica em observação antes de ser encaminhado para o leito.

Pós-operatório

Ao finalizar a cirurgia, um paciente passa a utilizar uma bandagem elástica ou sutiã pós-operatório que ajude a sustentar como mamas e diminuir o inchaço, no processo de cicatrização. 

Há casos, em que um dreno pode ser colocado para ajudar a retirar o sangue e os fluidos que podem ser acumulados posteriormente. O resultado é imediatamente perceptível, apesar do inchaço, que com o tempo desaparece , e como cicatrizes que também formam ao longo do tempo.

Mamoplastia redutora com implante de silicone: é possível?

Há casos em que um paciente deseja reduzir o volume excessivo das mamas e garantir uma harmonia estética, que nem sempre se alcança com a redução da mama em si.

Nesse caso, para corrigir o próprio resultado que a cirurgia pode deixar, como flacidez na mama pela retirada do excesso de gordura e glândula, um paciente pode recorrer ainda ao implante de prótese de silicone.

Esse procedimento duplo já tem sido buscado com frequência. Segundo artigo da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, há cerca de 10 anos, uma mamoplastia de aumento, na sequência da redutora, tem sido requisitada por pacientes para obtenção de um resultado que atenda aos objetivos estéticos e de saúde.

Esse dado, segundo o artigo, chama atenção da classe médica para realização de redução e implante no mesmo procedimento, submetendo um paciente a um só processo de incisões .

Assim, uma mamoplastia redutora com inclusão do implante de silicone é possível e pode ser adequada para pacientes com moderada ou grande flacidez de pele ou ainda com moderada ou grande hipertrofia mamária.

Importante frisar que os procedimentos sequenciais tomados pelo médico de acordo com as condições de saúde e necessidade da paciente.

Tudo sobre mamoplastia redutora para quem tem seios grandes

A redução de seios deixa cicatriz?

Como contanto, uma mamoplastia deixa cicatriza das incisões realizadas. E elas vão depender do tamanho do incisão, que por sua vez, é consequência do tamanho da redução que será realizada. 

Em casos de hipertrofia pequena, com pouca flacidez, a incisão periareolar é a mais recomendada. Ela deixa uma cicatriz que, com o tempo, se torna imperceptível. 

No caso de hipertrofias moderadas ou conforme considerado gigantomastia, a incisão será maior, e poderá ocorrer mais de uma, a fim de retirar todo excesso de material glandular e gorduroso da mama.

No entanto, em qualquer caso, a tendência é que as cicatrizes se tornem mais suaves ou imperceptíveis quando atingirem a fase de maturação. 

No processo de recuperação, a cicatriz atravessa três fases. No período denominado imediato, que corresponde ao primeiro mês após a cirurgia, a cicatriz ainda é visível e de cor diferente da pele. 

Já entre o primeiro e segundo mês, chamado período mediato, a cicatriz já apresenta um espessamento, com mudança da tonalidade, passando do vermelho para o marrom. Por fim, depois de um ano de cirurgia realizada (ou menos), o processo cicatricial alcança a maturação quando a cor da cicatriz aproxima-se bastante do tom da pele e o relevo consideravelmente, em alguns casos, torna-se imperceptível.

Cabe reforçar que o processo de cicatrização é natural e deve ser respeitado para um resultado positivo. 

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) recomenda que um paciente deve seguir todas as indicações médicas para garantir o sucesso da cirurgia. Além do cuidado com a cicatrização, deve-se evitar submeter à área das incisões ao esforço físico, como atividades de musculação dos membros superiores, à escoriação com roupas que criem atrito com a pele ou qualquer movimento que inviabilize recuperação a normal.

Como vimos, uma mamoplastia redutora é um  procedimento seguro e que ajuda a pessoa a ter mais qualidade de vida.

Vimos também que, atualmente, é possível e, em alguns casos, recomendado que seja feita redução e implante no mesmo procedimento com fins de apresentar um resultado estético que atenda aos anseios do paciente.

Viu importantes informações importantes? Você já se sente preparada para a cirurgia? Então não deixe de conferir o nosso material sobre os tipos de cicatrizes e como tratá-las para minimizar e até diminuí-las. Confira!

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